“Você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu...”
(Jesus cristo)
Esse trecho pode ser lido no livro de Mateus, o apóstolo ex-cobrador de impostos, está no capítulo 16, versículo 18 e 19. Desde então, essa Igreja começa a atrair adeptos e se espalhar por toda a região da Judéia. E o que aconteceu? A Igreja cresceu, cresceu e cresceu mais ainda, e como tudo que faz sucesso acaba fragmentando, com a Igreja não foi diferente. A história nos mostra grandes separações depois que um determinado grupo cresceu, os Beatles acabaram em 1970, Lennon levou um tiro na cabeça em 1980, George Harrison morreu de câncer em 2001 e McCartney e Starr continuam ativos, o Pink Floyd, RPM, Guns entre outras bandas tambem fragmentaram depois de chegaram no ápice do sucesso, até o Flamengo, originou-se de jogadores do Fluminense que sairam do flu para formar o time de maior torcida do Brasil hoje. O nome Cristo deu origem ao que se chama de Cristianismo que, no século XI foi dividido em Catolicismo e Ortodoxia Oriental, mais tarde no século XIV surge o Protestantismo a partir do Catolicismo. Hoje em dia temos então 3 tipos de Igrejas que possuem diferentes dogmas e arquitetura que caracteriza cada uma delas. Entre elas, eu gosto muito das igrejas de arquitetura gótica da idade média. Aqui no Brasil temos um tipo de igreja que lembra muito a arquitetura gótica encontrada na Europa, as igrejas que possuem a arte do glorioso Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como aleijadinho, essa foto acima foi tirada dentro de uma das várias igrejas barrocas de Minas Gerais onde se pode encontrar parte da sua obra, mais a história que eu vou contar não aconteceu em Minas, e nem dentro de uma Igreja barroca ou gótica. Eu tenho um amigo que estudei meu ensino médio com ele e hoje em dia ele trabalha como segurança, hoje eu o encontrei no pátio da Igreja de Cristo Salvador na cidade de Imperatriz e ficamos conversando sobre alguns assuntos. Até que eu perguntei:
- Walker, e tu fazendo segurança aqui nessa Igreja, tu nunca viste nenhuma assombração?
- Cara, se eu te contar tu nem vai acreditar. Aconteceu comigo e com um amigo meu, em dias diferentes.
Um colega de Walker começa então a lavar um banheiro do pátio da Igreja, a Igreja vista de cima tem formato de uma cruz e possui um pátio ao lado com várias salas onde funciona a catequese. A Missa termina e todas as famílias e bons cristãos seguem para suas casas, assistir o fantástico ou o Silvio Santos com aquele riso franco e puro para um filme de terror. O Segurança então fecha todos os portões que dão acesso ao pátio e a entrada da Igreja, estava uma noite tranqüila, noite de lua cheia. O céu sem nuvens e sem vento, calmaria e silêncio, o único som que rompe o silêncio é uma vassoura que esfrega o chão do banheiro com sabão em pó, hora a água do balde toca na cerâmica suja hora ele bate no canto do banheiro com a vassoura ensaboada e nessa hora ele escuta o risos de duas crianças brincando no pátio.
“Que merda, quem foi que deixou essas meninas ainda ai fora?” foi o que o segurança pensou, largando os equipamentos de limpeza ele olha para o pátio e ver as duas meninas correndo, sorrindo e olhando para trás, como se estivesse querendo brincar de esconde-esconde.
- ei vocês ai?
As meninas correm, atravessam o pátio e entram atrás de umas salas da catequese, num local que parece um corredor largo que fica entre as salas e a Igreja, ao final desse corredor existe uma sala chamada de sacristia, que é onde o padre se concentrar para organizar a missa. O segurança então caminha em direção a esse corredor já com raiva a passos largos, as mãos ensaboadas e um pouco suadas, ao virar as salas ele se depara com o corredor vazio e escuro, mais claro o bastante para enxergar as linhas que a lajota formava no chão até a porta da sala da sacristia fechada. Do seu lado esquerdo as paredes das salas de aula e do seu lado direito erguia-se as paredes da Igreja de Cristo Salvador, no fundo a porta da sacristia que ele mesmo há algumas horas havia trancado e que agora continuava trancada. Ele olha para o seu lado direito e depois para o esquerdo e tudo estava escuro e em silêncio, todos os portões estavam trancados, é 1h da madrugada e um calafrio é sentido na sua espinha. O segurança está sozinho, e aquele silêncio ensurdecedor o faz tremer. O segurança estava sozinho, para onde foram aquelas crianças de cabelos claros e sorriso farto? O segurança não teve coragem de terminar a limpeza do banheiro, foi direto para o seu quarto que ficava do outro lado da Igreja e deitou na cama, apenas deitou, com os olhos abertos e sua arma do peito e torcendo pelo amanhecer.
- Caramba.
- Emílio, essas coisas agente so acredita se acontece conosco, quando ele me contou isso eu nem liguei, até que aconteceu uma coisa sinistra comigo aqui nesse mesmo pátio.
- O que foi?
Bem essa história eu conto outro dia.