Rafael Mattos Lindoso é o nome desse elemento que ta ao meu lado esquerdo na foto acima, do lado direito está passando um velhinho “Robert” e logo abaixo de nos está os restos fossilizados do maior carnívoro terrestre que a ciência tem notícia, ele foi descoberto e divulgado para o mundo na revista Nature recentemente, em 1995. Foi um dinossauro que chegava a medir 13 m de comprimento, com seu peso variando entre 9 a 14 toneladas de muito músculo. Entre os dinossauros carnívoros, sem sombra de dúvida, o T-Rex é a grande estrela e o mais famoso, o Gigantosauro causou grande expando na época de sua descoberta por que ele era justamente maior que o lendário Tiranossauro rex, esse tamanho todo levou a vários produtores o colocarem em alguns documentários como:Walking With Dinosaurus Special - Chased by Dinosaurus da BBC e Dinosaurus: Giants of Patagonia da IMAX, mais mesmo assim nada disso foi suficiente para esse dinossauro Latino americano ter a popularidade que o seu colega T-Rex norte americano. Ambos viveram num perído chamado cretáceo, que é o ultimo período da era Mesozóica conhecida como “A era dos répteis”. Mais até chegarmos a esta foto, uma certa vez eu estava com Rafael Lindoso no museu de Paleontologia em São Luís, que fica localizado no centro histórico da cidade. E fiz a senguinte pergunta:
- Rafael como foi que tu conheceu esse museu?
- Eu vi num jornal.
- Ai tu começou a frequentar aqui?
- Foi. E não aprei mais.
- Desde quando?
- Rapaz, quando eu começei a vir pra ca, eu ainda estava no ensino médio.
E foi assim que o pequeno e franzino jovem estudante de ensino médio teve o seu contato com o centro de pesquisa no Maranhão que se dedicava a estudar fósseis. Durante o esino médio Rafael Lindoso trocou e-mails com paleontólogos renomados de diversas partes do mundo, alguns deles inclusive chegou a lhe enviar material como jornais e revistas sobre dinossauros e outros animais fossilizados. Rafael ficava a cada dia mais encantado com aquele mundo petrificado. Por três vezes ele tenta passar no vestibular para cursar Ciências Biológicas na UFMA, e em todas ele não passa da segunda etapa. Em uma dessas, eu conversei com ele:
- E ai Rafael será que esse ano dá?
- Cara, não sei passei denovo na primeira etapa , mais passei la em baixo.
- Hum, sei, mais tenta cara. O importante é não desistir.
- O que me mata são as provas de cálculos, eu me dou mal todas as vezes em Matemática, física e principalemente química.
A reprovação três vezes no vestibular não foram suficientes para o jovem desistir de ser um Paleontólogo, ele ingressou no curso de Biologia de uma Faculdade particular e como estudante de biologia participou de algumas explorações, uma delas foi na Ilha do Cajual, uma ilha situada próxima à cidade de Alcântara que tem uma grande concentração de fósseis. A grande quantdade de fósseis dessa ilha foi descoberta em 1995 e todos os anos tem sido realizadas expedições para à procura de mais fósseis. De todas as partes da ilha a parte sul da ilha nunca tinha sido explorada, devido as dificuldades de chegar a sua extremidade, pois essa parte da ilha é protegida por uma enseada que passa a maior parte do tempo submersa, quando a maré recua, só temos 30 minutos para ficarmos na parte Sul da ilha até a maré cobrir totalmente o local onde provavelmente teria fósseis. Durante anos, várias pessoas , inclusive o Paleontólogo Manoel Alfredo Medeiros tentou essa atravessia, mais até hoje dois grupos de pesssoas consegiu chegar na parte Sul da ilha. O primeiro grupo era formado por min, Ronny Barros e Rafael Lindoso, mais essa história eu conto outro dia. Na cidade de Brejo, que fica localizada na fronteira do Maranhão com o Piauí, as margens do Rio Parnaíba, quase no Delta do Parnaíba, foi encontrado um sítio fossilífero repleto de peixes, artrópodes e restos de plantas fossilizados, nessa expedição, mais uma vez eu e Rafael Lindoso tivemos a oportunidade de participar. Naquela ocasião o Paleontólogo Manoel Alfredo Medeiros me fez a seguinte proposta:
- Emílio, tu não quer tomar de conta das expedições aqui em Brejo?
- Não sei, vou pensar.
- Olha, aqui tem material que dar um mestrado e muito provavelmente um doutorado em Paleontologia.
- Vou pensar.
Eu pensei e recusei, não era muito “a minha praia” estudar peixes e artrópodes fossilizados, nem a do Rafael Lindoso que era apaixonado por dinossauros. Mais como não apareceu nenhum novo dinossauro no Maranhão enquanto o Lindoso foi estudante, ele acabou assumindo as expedições em Brejo e se dedicou a fazer a prova de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Museu nacional e o resultado? Passou entre as primeiras colocações no Programa de Pós-graduação em Geologia no instituto de Geociências da UFRJ. Daqui a menos de um ano ele será mais um paleontólogo no Brasil e um jovem com seu sonho realizado. E quanto à foto, foi tirada no museu Paleontologico Ernesto Bachmann localizado na cidade de Neuquen, Patagônia. O museu foi erguido em cima dos restos fossilizados do Gigantossauro, grande idéia essa. Para uma vida ter sentido é preciso sonhar acordado, por que nem sempre agente lembra do que sonhou na noite anterior, então estipule metas na vida e corra atrás, e se não chegar, você irá perceber que valeu a pena ter tentado.
- Rafael como foi que tu conheceu esse museu?
- Eu vi num jornal.
- Ai tu começou a frequentar aqui?
- Foi. E não aprei mais.
- Desde quando?
- Rapaz, quando eu começei a vir pra ca, eu ainda estava no ensino médio.
E foi assim que o pequeno e franzino jovem estudante de ensino médio teve o seu contato com o centro de pesquisa no Maranhão que se dedicava a estudar fósseis. Durante o esino médio Rafael Lindoso trocou e-mails com paleontólogos renomados de diversas partes do mundo, alguns deles inclusive chegou a lhe enviar material como jornais e revistas sobre dinossauros e outros animais fossilizados. Rafael ficava a cada dia mais encantado com aquele mundo petrificado. Por três vezes ele tenta passar no vestibular para cursar Ciências Biológicas na UFMA, e em todas ele não passa da segunda etapa. Em uma dessas, eu conversei com ele:
- E ai Rafael será que esse ano dá?
- Cara, não sei passei denovo na primeira etapa , mais passei la em baixo.
- Hum, sei, mais tenta cara. O importante é não desistir.
- O que me mata são as provas de cálculos, eu me dou mal todas as vezes em Matemática, física e principalemente química.
A reprovação três vezes no vestibular não foram suficientes para o jovem desistir de ser um Paleontólogo, ele ingressou no curso de Biologia de uma Faculdade particular e como estudante de biologia participou de algumas explorações, uma delas foi na Ilha do Cajual, uma ilha situada próxima à cidade de Alcântara que tem uma grande concentração de fósseis. A grande quantdade de fósseis dessa ilha foi descoberta em 1995 e todos os anos tem sido realizadas expedições para à procura de mais fósseis. De todas as partes da ilha a parte sul da ilha nunca tinha sido explorada, devido as dificuldades de chegar a sua extremidade, pois essa parte da ilha é protegida por uma enseada que passa a maior parte do tempo submersa, quando a maré recua, só temos 30 minutos para ficarmos na parte Sul da ilha até a maré cobrir totalmente o local onde provavelmente teria fósseis. Durante anos, várias pessoas , inclusive o Paleontólogo Manoel Alfredo Medeiros tentou essa atravessia, mais até hoje dois grupos de pesssoas consegiu chegar na parte Sul da ilha. O primeiro grupo era formado por min, Ronny Barros e Rafael Lindoso, mais essa história eu conto outro dia. Na cidade de Brejo, que fica localizada na fronteira do Maranhão com o Piauí, as margens do Rio Parnaíba, quase no Delta do Parnaíba, foi encontrado um sítio fossilífero repleto de peixes, artrópodes e restos de plantas fossilizados, nessa expedição, mais uma vez eu e Rafael Lindoso tivemos a oportunidade de participar. Naquela ocasião o Paleontólogo Manoel Alfredo Medeiros me fez a seguinte proposta:
- Emílio, tu não quer tomar de conta das expedições aqui em Brejo?
- Não sei, vou pensar.
- Olha, aqui tem material que dar um mestrado e muito provavelmente um doutorado em Paleontologia.
- Vou pensar.
Eu pensei e recusei, não era muito “a minha praia” estudar peixes e artrópodes fossilizados, nem a do Rafael Lindoso que era apaixonado por dinossauros. Mais como não apareceu nenhum novo dinossauro no Maranhão enquanto o Lindoso foi estudante, ele acabou assumindo as expedições em Brejo e se dedicou a fazer a prova de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Museu nacional e o resultado? Passou entre as primeiras colocações no Programa de Pós-graduação em Geologia no instituto de Geociências da UFRJ. Daqui a menos de um ano ele será mais um paleontólogo no Brasil e um jovem com seu sonho realizado. E quanto à foto, foi tirada no museu Paleontologico Ernesto Bachmann localizado na cidade de Neuquen, Patagônia. O museu foi erguido em cima dos restos fossilizados do Gigantossauro, grande idéia essa. Para uma vida ter sentido é preciso sonhar acordado, por que nem sempre agente lembra do que sonhou na noite anterior, então estipule metas na vida e corra atrás, e se não chegar, você irá perceber que valeu a pena ter tentado.
Legal a coluna Emilio. Só para informar, não possuo vínculo com o Museu Nacional, apenas com a UFRJ.
ResponderExcluirAbraço.
Legal a coluna Emilio. Só para informar, não possuo vínculo com o Museu Nacional, apenas com a UFRJ.
ResponderExcluirAbraço.
a ta, beleza então elemento.
ResponderExcluirPo, bacana isso. Só mesmo a gente que tem que lutar pelos nossos sonhos mesmo.
ResponderExcluirValeu a historia elemento.
Na hora elementa!!!
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