No reino animal, a estratégia que cada animal utiliza para sobreviver é o que faz a diferença entre a sua vida ou a sua morte, nos répteis existe em geral duas formas de encontrar suas presas, ou o animal utiliza o método chamado “Senta-espera” ou o método da “procura-ativa”. No método senta-espera, ele simplesmente se posiciona em um local e espera a presa atravessar seu caminho para dar o bote certeiro, já no método da procura-ativa, o animal procura a sua presa por todo o território demarcado por ele ou fora dele. O método senta-espera inspirou pesquisadores no mundo inteiro a desenvolver suas metodologias científicas, pois hoje esse método é utilizado, não para caçar animais com objetivo de saciar a fome de pesquisadores, mais para fotografar determinados animais. O pesquisador fica camuflado em um determinado ponto com uma máquina fotográfica em mãos e põe uma isca para atrair determinado animal para ser fotografado, é uma técnica bem primitiva é verdade, mais utilizada para quem tem paciência e gostar de ficar horas no meio do mato parado esperando o animal aparecer para comer a isca. Quem tem um pouco mais de dinheiro compra máquinas fotográficas que possui sensores, e tão logo um animal passa por um ponto a máquina dispara automaticamente. Certo dia, na Universidade Federal do Maranhão em São Luís, cinco alunos do curso de Ciências Biológicas decidem aplicar um método senta-espera em uma ilha próxima ao município de Raposa.
- Ei, Babu vamos para Curupu no próximo fim de semana?
- Na hora, quem vai tanto?
- Eu, Mikail, Bento e Fernando. Mais agente vai tentar fotografar algum bicho grande que tem la.
- Que bicho?
- Cara eu não sei, eu e o Fernando fotografamos umas pegadas grandes na última vez que fomos la, vamos ver agora se conseguimos fotografar o bicho.
- Como vai ser isso?
- Os moleques ficaram de levar a carne que agente vai usar como isca, agente vai se esconder no mato e esperar.
- Beleza.
Terminal rodoviário Cohab-Cohatrac, de manha cedo os cinco futuros biólogos se encontram e para a surpresa de todos o Fernando vem com uma cara de cachorro com fome e fala:
- Bicho, não deu pra compra a carne não.
- Porra tu é muito fulero mermo! (exclama Tayllon, conhecido como “Babu” que depois dessa noite ele passou a ser conhecido com outro nome)
- Ei pô , relaxa, agente compra a carne la na raposa.
Os cincos jovens entram no ônibus com suas mochilas, ou melhor, quatro jovens entram no ônibus com mochilas, Bento levou uma bolsa de alça, daquelas que fica de lado quando carregamos. Chegamos ao porto da Raposa, cheiro de salitre e peixe no ar. O sol frio e a brisa leve faz do lugar um dia perfeito, com a maré calma os maçaricos junto com graças, levantam vôo e forma uma vista digna de uma foto para um quadro na parede da sala. Não encontramos carne, mais sim, restos de uma ossada, perfeito. Acertamos o preço da atravessia com um canoeiro e partimos para a Ilha de Curupu. A caminhada começa, subindo e descendo dunas, de um lado da pra se ver a imensidão do oceano do topo de uma duna e do outro um manguezal imponente e cheio de vida e matéria em decomposição, quatro jovens de mochila e Bento arrebenta uma das alças de sua bolsa, ele agora anda com ela mais parecendo uma mãe com seu filho, Benta anda com sua bolsa abraçada a ela, que na volta ele a arrasta a coitada no chão, parecendo um retirante que perdeu tudo em uma enxurrada. Paramos em cima de uma duna bem alta e olhamos para o interior da ilha, Restinga no começo e muito mangue no restante. Atravessamos a Restinga e deixamos nossas coisas na beira do mangue, almoçamos e ficamos la deitado jogando conversa fora, depois de um amanha inteira debaixo do Sol subindo e descendo duna, deitar na beira de um manguezal frio é mais do que merecido.
- Vamos entra no mangue? Ver se observamos algo de novo com os macacos que ficam la?
- Vamos.
Depois de ficarmos a tarde no meio da lama voltamos para o ponto que iríamos esperar, armamos as barracas a certa distância e escolhemos pontos diferentes para ficarmos na espreita, cada um pegou o precisava (comida, água e etc)a isca foi posicionada em cima de um tronco seco para atrair algum animal e o silêncio reinou absoluto. Os grupos ficaram divididos em, Babu,Fernando e Mikhail em um ponto e eu e Bento em outro. Nada indicava que ia chover, mais a brisa que vinha do mar começou a ficar cada vez mais forte, fazendo as árvores e arbustos movimentarem bastante. O céu começou a ficar carregado de nuvens, e relâmpagos começaram aparecer com muita freqüência, depois do vento, nuvens e relâmpagos, trovões começaram a ser ouvidos distante. Nessa hora eu percebi o tanto que Biólogo de campo é louco. Enquanto quase 1 milhão de pessoas em São Luís estava agora protegidas no conforto de suas casas, algumas assistindo TV, outras teclando no MSN, outras lendo algum blog... Cincos jovens estavam em silêncio, na beira de um manguezal escondido atrás de arbustos com máquinas fotográficas na mão a espera de algum animal selvagem daquela ilha. Em poucos minutos vai cair um temporal, e agente ali no meio do mato, nesse momento em que eu pensava nessas coisas eu senti algo bem gelado na minha cocha, eu levei um susto e sacudi minha perna. Eu não sabia o que era, e perguntei:
- Que diabos foi isso tu viu?
- Relaxa pô era uma rã nada demais...
- Puta que pariu...
Deu pra perceber que o outro grupo falava bem baixo, mais não sabíamos o que era (eu soube depois que estavam sorrindo, achando que tinha sido o Bento que levou o susto) foi quando os primeiro pingos gelados tocam nossos rostos e resolvemos ir para as barracas (eram duas). Bento e Fernando ficaram em uma e eu, Mikhail e Babu na outra barraca. Dentro da barraca dava pra se ouvir o estrondo dos trovões e várias vezes uns clarões de relâmpagos, a cada relâmpago apareciam sombras de galhos na lona da barraca e os pingos da tempestade escorriam em volta da gente, estávamos sujos e com frio, deitados em uma barraca sem colchão no meio do mato debaixo de uma tempestade sem comunicação alguma com outras pessoas. Ate que a Tempestade ficou bem fraca de madrugada, mais continuaram os relâmpagos e trovões, foi quando eu percebo algo do lado de fora da barraca, algo caminhava e eu não tinha a menor noção do que era. Eu ouço as passadas e fico em alerta, estava no meio da barraca, Babu estava de lado, encostado na lateral da barraca e Mikhail do outro, no meio de clarões, trovões e algo caminhando do lado de fora da barraca nosso colega Babu da um pulo altamente esparroso:
- Puta merda, alguma coisa me cheirou aqui!!!
- O que?
- Alguma coisa veio aqui no canto da barraca e me cheirou perto da minha cabeça.
O silêncio toma conta da barraca, nessa hora somente pingos fracos, muito vento la fora e vários clarões no céu ao som de trovões bem distantes.
- Rapaz deve ter sido um Guaxinim.
- Emílio cadê tua faca? Cadê tua faca pô? Me da tua faca ai!!!
Mikhail com toda a sua calma de bom samaritano tenta acalmar nosso colega que estava em desespero:
- Relaxa Babu, foi só um Guaxinim.
- Que porra de Guaximin, me da a faca ai Emílio, eu quero dormi com a faca na mão.
- Peraí pô, eu vou pegar aqui. Vou colocar aqui do canto, qualquer coisa agente pega.
- Eu não vou dormi aqui no lado da barraca não.
- Então vem aqui pro meio pô, eu duro ai.
Amanhece o dia....
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ( eu e Mikhail)
Bento se aproxima confuso e sem entender e pergunta o que estava acontecendo:
- Um Guaxinim cheirou o cangote de Babu e se apaixonou por ele!
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (eu, Mikhail e Bento)
- Esses caras são foda , rsrsr (Babu)
- Que história é essa de Guaxinim Babu?
- Não vem também não Fernando.
Nessa hora eu não me contive e falei:
- Relaxa Guaxinim, isso acontece nas melhores famílias.
E foi assim que o nosso colega Raymony Tayllon, conhecido como Babu adquiriu mais um pseudo-nome:Guaxinim.
- Ei, Babu vamos para Curupu no próximo fim de semana?
- Na hora, quem vai tanto?
- Eu, Mikail, Bento e Fernando. Mais agente vai tentar fotografar algum bicho grande que tem la.
- Que bicho?
- Cara eu não sei, eu e o Fernando fotografamos umas pegadas grandes na última vez que fomos la, vamos ver agora se conseguimos fotografar o bicho.
- Como vai ser isso?
- Os moleques ficaram de levar a carne que agente vai usar como isca, agente vai se esconder no mato e esperar.
- Beleza.
Terminal rodoviário Cohab-Cohatrac, de manha cedo os cinco futuros biólogos se encontram e para a surpresa de todos o Fernando vem com uma cara de cachorro com fome e fala:
- Bicho, não deu pra compra a carne não.
- Porra tu é muito fulero mermo! (exclama Tayllon, conhecido como “Babu” que depois dessa noite ele passou a ser conhecido com outro nome)
- Ei pô , relaxa, agente compra a carne la na raposa.
Os cincos jovens entram no ônibus com suas mochilas, ou melhor, quatro jovens entram no ônibus com mochilas, Bento levou uma bolsa de alça, daquelas que fica de lado quando carregamos. Chegamos ao porto da Raposa, cheiro de salitre e peixe no ar. O sol frio e a brisa leve faz do lugar um dia perfeito, com a maré calma os maçaricos junto com graças, levantam vôo e forma uma vista digna de uma foto para um quadro na parede da sala. Não encontramos carne, mais sim, restos de uma ossada, perfeito. Acertamos o preço da atravessia com um canoeiro e partimos para a Ilha de Curupu. A caminhada começa, subindo e descendo dunas, de um lado da pra se ver a imensidão do oceano do topo de uma duna e do outro um manguezal imponente e cheio de vida e matéria em decomposição, quatro jovens de mochila e Bento arrebenta uma das alças de sua bolsa, ele agora anda com ela mais parecendo uma mãe com seu filho, Benta anda com sua bolsa abraçada a ela, que na volta ele a arrasta a coitada no chão, parecendo um retirante que perdeu tudo em uma enxurrada. Paramos em cima de uma duna bem alta e olhamos para o interior da ilha, Restinga no começo e muito mangue no restante. Atravessamos a Restinga e deixamos nossas coisas na beira do mangue, almoçamos e ficamos la deitado jogando conversa fora, depois de um amanha inteira debaixo do Sol subindo e descendo duna, deitar na beira de um manguezal frio é mais do que merecido.
- Vamos entra no mangue? Ver se observamos algo de novo com os macacos que ficam la?
- Vamos.
Depois de ficarmos a tarde no meio da lama voltamos para o ponto que iríamos esperar, armamos as barracas a certa distância e escolhemos pontos diferentes para ficarmos na espreita, cada um pegou o precisava (comida, água e etc)a isca foi posicionada em cima de um tronco seco para atrair algum animal e o silêncio reinou absoluto. Os grupos ficaram divididos em, Babu,Fernando e Mikhail em um ponto e eu e Bento em outro. Nada indicava que ia chover, mais a brisa que vinha do mar começou a ficar cada vez mais forte, fazendo as árvores e arbustos movimentarem bastante. O céu começou a ficar carregado de nuvens, e relâmpagos começaram aparecer com muita freqüência, depois do vento, nuvens e relâmpagos, trovões começaram a ser ouvidos distante. Nessa hora eu percebi o tanto que Biólogo de campo é louco. Enquanto quase 1 milhão de pessoas em São Luís estava agora protegidas no conforto de suas casas, algumas assistindo TV, outras teclando no MSN, outras lendo algum blog... Cincos jovens estavam em silêncio, na beira de um manguezal escondido atrás de arbustos com máquinas fotográficas na mão a espera de algum animal selvagem daquela ilha. Em poucos minutos vai cair um temporal, e agente ali no meio do mato, nesse momento em que eu pensava nessas coisas eu senti algo bem gelado na minha cocha, eu levei um susto e sacudi minha perna. Eu não sabia o que era, e perguntei:
- Que diabos foi isso tu viu?
- Relaxa pô era uma rã nada demais...
- Puta que pariu...
Deu pra perceber que o outro grupo falava bem baixo, mais não sabíamos o que era (eu soube depois que estavam sorrindo, achando que tinha sido o Bento que levou o susto) foi quando os primeiro pingos gelados tocam nossos rostos e resolvemos ir para as barracas (eram duas). Bento e Fernando ficaram em uma e eu, Mikhail e Babu na outra barraca. Dentro da barraca dava pra se ouvir o estrondo dos trovões e várias vezes uns clarões de relâmpagos, a cada relâmpago apareciam sombras de galhos na lona da barraca e os pingos da tempestade escorriam em volta da gente, estávamos sujos e com frio, deitados em uma barraca sem colchão no meio do mato debaixo de uma tempestade sem comunicação alguma com outras pessoas. Ate que a Tempestade ficou bem fraca de madrugada, mais continuaram os relâmpagos e trovões, foi quando eu percebo algo do lado de fora da barraca, algo caminhava e eu não tinha a menor noção do que era. Eu ouço as passadas e fico em alerta, estava no meio da barraca, Babu estava de lado, encostado na lateral da barraca e Mikhail do outro, no meio de clarões, trovões e algo caminhando do lado de fora da barraca nosso colega Babu da um pulo altamente esparroso:
- Puta merda, alguma coisa me cheirou aqui!!!
- O que?
- Alguma coisa veio aqui no canto da barraca e me cheirou perto da minha cabeça.
O silêncio toma conta da barraca, nessa hora somente pingos fracos, muito vento la fora e vários clarões no céu ao som de trovões bem distantes.
- Rapaz deve ter sido um Guaxinim.
- Emílio cadê tua faca? Cadê tua faca pô? Me da tua faca ai!!!
Mikhail com toda a sua calma de bom samaritano tenta acalmar nosso colega que estava em desespero:
- Relaxa Babu, foi só um Guaxinim.
- Que porra de Guaximin, me da a faca ai Emílio, eu quero dormi com a faca na mão.
- Peraí pô, eu vou pegar aqui. Vou colocar aqui do canto, qualquer coisa agente pega.
- Eu não vou dormi aqui no lado da barraca não.
- Então vem aqui pro meio pô, eu duro ai.
Amanhece o dia....
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ( eu e Mikhail)
Bento se aproxima confuso e sem entender e pergunta o que estava acontecendo:
- Um Guaxinim cheirou o cangote de Babu e se apaixonou por ele!
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (eu, Mikhail e Bento)
- Esses caras são foda , rsrsr (Babu)
- Que história é essa de Guaxinim Babu?
- Não vem também não Fernando.
Nessa hora eu não me contive e falei:
- Relaxa Guaxinim, isso acontece nas melhores famílias.
E foi assim que o nosso colega Raymony Tayllon, conhecido como Babu adquiriu mais um pseudo-nome:Guaxinim.
O Guaxinim, sem ter qualquer intenção de ofender o animal, não é um dos meus preferidos!
ResponderExcluirMas, como se costuma dizer, há gostos para tudo!
Pelo que dizes, parece-me que Raymony Tayllon também não ficou muito feliz com o seu novo nome...
:)
Abraço,
António
É realmente Antônio tem gosto pra tudo, mais o nosso amigo Raymony é gente boa, ele leva tudo na esportiva.
ResponderExcluirEu já tive um cuatí. Ou é quatí?
ResponderExcluirAh, sei lá. Já tive um. Não deixava niguém dormir em casa.
Um cuatí? caralho!!! animal bem exótico pra se criar, e eu que pensei que ja tinha criado bichos estranhos (Escorpião e Anfisbênio)
ResponderExcluirMaiiis uma das aventuras de Emilio e Luis Fernandoo.! kkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirEx-professor e Ex-aluno, nesse dia foram biólogos de campo.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk! essa foi boa mesmo!!!Guaxinim kkkkkkk bixo foi um puta de um cheiro no cangote !!!!!!!!!!kkkkkkk
ResponderExcluirDia marcante para nosso amigo babu, alias todas as vezes que tem trabalho de campo o mesmo deixa sua marca e contuibuição, o mais engraçado é segundo esse elemento, ele é o mais corajoso do bando... ueuheuheuheuhehueuhe
ResponderExcluirsaudades desses tempos, apesar do trabalho ser dificil pois tinhamos que ficar no mangue horas e horas era graticante tá com os amigos de curso, trabalhando e zuando um da cara do outro.. skakskakskakskaskkaska
shasuahsuahsuahsuahsuahuash....porra parecendo um retirante foi foda....ainda bem que comprei a porra de uma mochila para mim...acho que o coitado do Guaxinim deve estar com saudade do cangote de babu...kkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirRepondendo a Babau: rsrsr qual era o teu perfume elemento? será que foi isso que o guaximin sentiu? heheeh
ResponderExcluirRespondendo a Fernando: Realmente elemento, o Babu é o mais garantido da galera, qualquer coisa ele sempre ja pedia logo minha faca. rsrsr
ResponderExcluirRespondendo a Junior: Deve ter melhorado 100% tuas idas pra campo né elemento? depois da mochila. rs
ResponderExcluirSegundo Carlos, era preferível que eu trabalhasse com essa porra de guaxinim. Afinal, é guaxinim ou guaximin? ah, merda...
ResponderExcluirO bom é que fiquei sabendo que agora já tem ocorrência dele no campus kkkkkkkkkkkkk
Flw elemento!
kkkkkkkk, e até parece que é uma nova espécie, tem muita melanina!!!
ResponderExcluirMas e a foto que vocês iam tirar??
ResponderExcluirQuanto à dúvida do Rafael, é Guaxinim - tive que pesquisar no google, também fiquei na dúvida!
kkkkkkkkkkkkkkk
Agente só conseguiu fotos de 5 animais, todos da mesma espécie: Homo sapiens. rsrsr
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