Existem alguns animais que vivem em sociedade como formigas, abelhas, vespas e cupins, até o ser humano (sociedade conflituosa às vezes, olha o caso do goleiro do Flamengo). Mais essa forma de viver é um pouco incomum em outros animais como aranhas. A muito tempo eu observei uma quantidade muito grande de aranhas vivendo na mesma teia e após alguns anos resolvi voltar ao mesmo local que fica no sul do Maranhão. Rafael (o mesmo que quase morreu comigo uma vez na Baía de Alcântara) me acompanhou nessa visita a essas criaturas de oito patas. Partimos de São Luís as 08h00min de trem e chegamos no final da tarde na cidade de Açailândia que fica no extremo Oeste do estado, de lá pegamos um ônibus até a cidade de Imperatriz onde passamos a noite. Pela manhã, na rodoviária pegamos um ônibus com destino a Carolina, mais 33 km antes de chegarmos a Carolina que fica já no sul do Maranhão, pedimos ao motorista que parasse o ônibus. Descemos a um banho já bastante conhecido na região chamado Santuário da Pedra caída, onde tem que se pagar na entrada e para conhecer as cachoeiras do local na companhia de um guia. Descendo do ônibus ao meio dia, eu disse:
- Rafael, vamos comer alguma coisa agora e depois agente entra.
Afastamos-nos um pouco da entrada da Pedra Caída e sentamos na beira do asfalto, começamos a comer. Barriga cheia, levantamos e resolvemos não entrar no Santuário pela entrada:
- Rafael, vamos passar aqui por essa cerca e seguimos direto, mais a frente chegará a uma “fenda” no meio do Cerrado por onde a água passa. Agente desce e seguimos a pé na mesma direção da água até chegar nas aranhas.
- Beleza, quando agente descer essa fenda e começar a andar, fica distante quantos metros?
- Sei lá, mais ou menos uma hora e meia andando até chegar la.
Entrar na propriedade da Pedra Caída sem pagar foi fácil, depois de quase uma hora chegamos até o caminho que nos levava até a uma escada que descia 46 metros de profundidade e chegava à água. Mais quando descíamos escutamos um grupo de turistas que vinha da cachoeira sendo guiados por um dos guias do Santuário. Nessa hora saímos do caminho e ficamos escondidos atrás de um morro ao lado, ficamos abaixados e escutando o grupo de turistas passarem do nosso lado. Depois de alguns minutos, achando que o grupo havia acabado, outro grupo agora estava indo para a cachoeira, continuamos no mesmo local:
- E agora meu patrão? Pergunta Rafael.
- Vamos esperar esse grupo voltar da cachoeira, quando eles passarem por aqui, saímos rápido e vamos em direção a cachoeira antes do próximo grupo aparecer.
Deu certo, quando o grupo retornou da cachoeira e passou por onde agente tava escondido, saímos do esconderijo e começamos a correr em direção a escada que leva a cachoeira, descida a escada, chegamos à água onde dobramos para a direita, direção contrária a cachoeira, começamos a andar. Até ali estávamos a salvo, pois todos os grupos de turistas que chegavam ali no final da escada dobravam para a esquerda em direção a cachoeira. Após algumas horas encontramos as aranhas, tiramos fotos, recolhemos algumas e voltamos, quando chegamos na escada outra vez tinha um guia em pé nos olhando com uma cara nada boa:
- Vocês estão vindo de onde?
- Do Cerrado, estamos vindo a pé por dentro do Cerrado desde manhã, encontramos esse rio e seguimo-lo até aqui, eu achei que ele fosse o rio que passa na Pedra Caída e resolvemos acompanhar, pois eu conheço o “seu Jaime” e ele poderia nos dar uma carona até Carolina. Eu Responi.
Até onde eu sabia, o “seu Jaime” era o dono da Pedra Caída que sempre me dava carona da Pedra Caída para Carolina, eu o conheci em uma outra ocasião, mais para minha surpresa o guia responde:
- Seu Jaime não é mais o dono disso aqui não, ele vendeu. Tem outro dono agora.
Eu pensei: “fudeu, como agente vai chegar à Carolina agora? São 33 km”. Nessa hora eu falei:
- Já que agente ta aqui será que podemos ir a cachoeira rapidão?
- Olha o outro grupo já está pra voltar, tem que ser rápido.
- Beleza.
Alem de termos entrado na Pedra Caída sem pagar, estávamos indo a cachoeira também sem pagar o Rafael teve a cara de pau de fazer uma pergunta cretina para o guia:
- Meu patrão, será que tu poderia olhar nossas mochilas enquanto agente vai lá?
- Cara deixa escondida ali atrás de uns arbustos.
- Beleza.
Começamos a correr em direção à cachoeira, quando Rafael fica para trás. Depois de alguns minutos na cachoeira eu observo Rafael chegando mancando, ele tinha fraturado o menisco do joelho.
- Porra caralho eu quase morri ali atrás de dor e gritei pra ti parar e tu continuaste correndo.
- Foi mal, eu não ouvi.
Horas depois estávamos no barzinho que fica na parte de cima do Santuário da Pedra Caída pensando em como iríamos chegar a Carolina, pois o atual dono nos afirmou que não poderia nos dar carona, pois o carro estava locado (mentira). Por volta das 17:30 tomamos a decisão de ir a pé os 33 km com as mochilas nas costas e o menisco do Rafael rompido, compramos duas garrafas de água mineral e começamos a andar. Mais ou menos vinte metros de caminhada depois, para um carro ao nosso lado. Olhamos três loiras dentro, e uma delas fala:
- Vocês querem carona?
Eu e Rafael nos olhamos meio sem acreditar e depois olhamos para as loiras:
- Vocês estão indo para Carolina? Eu pergunto.
- É.
- Agente aceita.
Elas nos deixaram na Rodoviária de Carolina, foram para o hotel que estavam hospedadas e tudo acabou bem. Nunca entendi a expressão lôraburra.
- Rafael, vamos comer alguma coisa agora e depois agente entra.
Afastamos-nos um pouco da entrada da Pedra Caída e sentamos na beira do asfalto, começamos a comer. Barriga cheia, levantamos e resolvemos não entrar no Santuário pela entrada:
- Rafael, vamos passar aqui por essa cerca e seguimos direto, mais a frente chegará a uma “fenda” no meio do Cerrado por onde a água passa. Agente desce e seguimos a pé na mesma direção da água até chegar nas aranhas.
- Beleza, quando agente descer essa fenda e começar a andar, fica distante quantos metros?
- Sei lá, mais ou menos uma hora e meia andando até chegar la.
Entrar na propriedade da Pedra Caída sem pagar foi fácil, depois de quase uma hora chegamos até o caminho que nos levava até a uma escada que descia 46 metros de profundidade e chegava à água. Mais quando descíamos escutamos um grupo de turistas que vinha da cachoeira sendo guiados por um dos guias do Santuário. Nessa hora saímos do caminho e ficamos escondidos atrás de um morro ao lado, ficamos abaixados e escutando o grupo de turistas passarem do nosso lado. Depois de alguns minutos, achando que o grupo havia acabado, outro grupo agora estava indo para a cachoeira, continuamos no mesmo local:
- E agora meu patrão? Pergunta Rafael.
- Vamos esperar esse grupo voltar da cachoeira, quando eles passarem por aqui, saímos rápido e vamos em direção a cachoeira antes do próximo grupo aparecer.
Deu certo, quando o grupo retornou da cachoeira e passou por onde agente tava escondido, saímos do esconderijo e começamos a correr em direção a escada que leva a cachoeira, descida a escada, chegamos à água onde dobramos para a direita, direção contrária a cachoeira, começamos a andar. Até ali estávamos a salvo, pois todos os grupos de turistas que chegavam ali no final da escada dobravam para a esquerda em direção a cachoeira. Após algumas horas encontramos as aranhas, tiramos fotos, recolhemos algumas e voltamos, quando chegamos na escada outra vez tinha um guia em pé nos olhando com uma cara nada boa:
- Vocês estão vindo de onde?
- Do Cerrado, estamos vindo a pé por dentro do Cerrado desde manhã, encontramos esse rio e seguimo-lo até aqui, eu achei que ele fosse o rio que passa na Pedra Caída e resolvemos acompanhar, pois eu conheço o “seu Jaime” e ele poderia nos dar uma carona até Carolina. Eu Responi.
Até onde eu sabia, o “seu Jaime” era o dono da Pedra Caída que sempre me dava carona da Pedra Caída para Carolina, eu o conheci em uma outra ocasião, mais para minha surpresa o guia responde:
- Seu Jaime não é mais o dono disso aqui não, ele vendeu. Tem outro dono agora.
Eu pensei: “fudeu, como agente vai chegar à Carolina agora? São 33 km”. Nessa hora eu falei:
- Já que agente ta aqui será que podemos ir a cachoeira rapidão?
- Olha o outro grupo já está pra voltar, tem que ser rápido.
- Beleza.
Alem de termos entrado na Pedra Caída sem pagar, estávamos indo a cachoeira também sem pagar o Rafael teve a cara de pau de fazer uma pergunta cretina para o guia:
- Meu patrão, será que tu poderia olhar nossas mochilas enquanto agente vai lá?
- Cara deixa escondida ali atrás de uns arbustos.
- Beleza.
Começamos a correr em direção à cachoeira, quando Rafael fica para trás. Depois de alguns minutos na cachoeira eu observo Rafael chegando mancando, ele tinha fraturado o menisco do joelho.
- Porra caralho eu quase morri ali atrás de dor e gritei pra ti parar e tu continuaste correndo.
- Foi mal, eu não ouvi.
Horas depois estávamos no barzinho que fica na parte de cima do Santuário da Pedra Caída pensando em como iríamos chegar a Carolina, pois o atual dono nos afirmou que não poderia nos dar carona, pois o carro estava locado (mentira). Por volta das 17:30 tomamos a decisão de ir a pé os 33 km com as mochilas nas costas e o menisco do Rafael rompido, compramos duas garrafas de água mineral e começamos a andar. Mais ou menos vinte metros de caminhada depois, para um carro ao nosso lado. Olhamos três loiras dentro, e uma delas fala:
- Vocês querem carona?
Eu e Rafael nos olhamos meio sem acreditar e depois olhamos para as loiras:
- Vocês estão indo para Carolina? Eu pergunto.
- É.
- Agente aceita.
Elas nos deixaram na Rodoviária de Carolina, foram para o hotel que estavam hospedadas e tudo acabou bem. Nunca entendi a expressão lôraburra.
Tuuudo planejado... haha
ResponderExcluirCara, vcs são uns caras de muita sorte!!!
ResponderExcluirSeus loooucos!!
ResponderExcluirUm barato que saiu caro! Pelo menos pro menisco do Rafael, coitado!
Ele é um rapaz jovem, conseguiu super isso fácil, fácil. rsrsrs.
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