domingo, 26 de junho de 2011

Bons livros.





Hoje eu comprei dois livros do Joe Sacco, pra quem não conhece, esse cara se formou em Jornalismo e era um cara viciado em gibis, em um determinado ano da sua vida ele largou o jornalismo e começou a desenhar algumas biografias e contos de comédia para uma revista nos EUA, foi quando ele começou a se interessar por conflitos. Ele passa então a viajar para os conflitos que estava acontecendo no mundo, acessando a uma quantidade grande de fontes e depoimentos de pessoas ligadas diretamente nos conflitos, ele começou a desenhar e explicar vários fatos através dos seus desenhos, ele já ganhou alguns prêmios devido a esse tipo de trabalho que ele desenvolvi e eu particularmente admiro o trabalho desse cara, hoje os livros que eu tenho dele são: “Notas sobre Gaza”, “Uma história de Sarajevo”, “Área de segurança Gorazde: A guerra na Bósnia Oriental 1992 – 1995.









Se quiser entender sobre a guerra da Iugoslávia e os conflitos entre Palestinos e Israelenses eu recomendo esses livros. Outros livros que marcaram minha vida em épocas diferentes que eu também recomendaria são: “Karluk” da autora Jennifer Niver, esse livro tem um poder muito grande de impressionar quem o lê. Todas as pessoas que eu emprestei esse livro falaram a mesma coisa, “Cara, esse livro mudou completamente a forma que eu olho as coisas, eu passei a valorizar mais as coisas, principalmente o sol”.







Esse livro conta a história de uma expedição trágica ao pólo norte onde a autora teve acesso aos diários dos tripulantes e escreveu o livro. Para mim foi o melhor livro que eu já li na vida. Outro livro que me marcou bastante foi um clássico: “A volta ao mundo em 80 dias” do Júlio Verne, Phileas Fogg, um cavalheiro britânico, aposta com os membros do seu clube que fará a volta ao mundo em oitenta dias.







É uma leitura emocionante do começo ao fim. Nos romances modernos, eu indicaria sem a menor sombra de dúvida “Nada dura para sempre” do autor Sidney Sheldon, ele leva o leitor ao mundo de um grande hospital e conta a história de jovens médicas e seus pacientes envolvidos com viciados e milionários com um final surpreendente. Nos livros históricos teve um que também marcou minha adolescência, “A era dos extremos” do Eric Hobsbawn. Ele faz um resumo dos principais fatos do século XX. “O mundo assombrado pelos demônios” do Carl Sagan, é um livro de leitura obrigatória para aquelas pessoas que se impressionam com histórias quem vem ao público através dos meios de comunicação, histórias que muitas vezes não tem uma fonte verdadeira e que acabam impressionando muita gente como explicações pseudocientíficas e místicas para seres vindo de outros planetas.






Maus – A história de um sobrevivente” de Art Spiegelman é sem dúvida o melhor livro já feito que eu li sobre o holocausto, e olha que eu já li uma dúzia de livros que trata do tema. “O Código Da Vinci” do Dan Brown é pra mim o melhor livro dele e acho que não precisa de apresentações, o mundo quase todo leu esse livro.









Antes de publicar essa postagem eu fiz uma rápida pesquisa na net sobre os valores desses livros, e o total pago por uma pessoa que desejar ler estes livros é 362,78 R$, isso sem o frete. Ou seja, como o Brasil vai se tornar um país de leitores se um trabalhador assalariado ganha menos que 600 reais por mês? Qual o assalariado daria mais da metade do seu salário (362,78 R$) na compra de 10 livros??? Quando entrei no salão do livro hoje percebi essa triste realidade, todos os anos aparecem políticos e pessoas dando entrevista falando do quanto é importante bons livros na vida das pessoas, acho que seria melhor ainda melhorar o salário das pessoas para estas terem acesso á determinados livros. Os livros são muito caro ou o salário é de menos? Acho que as duas coisas.

Um comentário:

  1. Também acredito que bons livros são importantes para uma boa formação. Deveria focar mais na acessibilidade dos livros. Sim, eles são muito caros. Uma vez gastei 500 reais em uma livraria, isso dura 6 meses se eu ler devagar. Provavelmente deve ter mais imposto em um livro do que em uma garrafa de cerveja. Livros deveriam é ser subsidiados de alguma forma, usando políticas objetivas para isto, ou acabariam sendo usados para divulgar ideais políticos duvidosos. Uma outra coisa é a cultura. O brasileiro não gosta muito de ler, o maranhense menos ainda. Aqui em São Luís sinto muita falta de uma livraria, sempre que saio do nosso Estado minha prioridade é procurar a maior livraria possível e torrar meu dinheiro lá. Aqui em São luís no máximo tem a Nobel que ultimamente se especializou em vender livros sobre vampiros. As demais livrarias são evangélicas ou coisa assim. A feira do livro de São Luís é metade "atrações culturais", 1/4 de "coisas" e 1/4 de livros...

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